MITOS E ERROS

Uma palavra me veio à mente com frequência enquanto lia este livro: NUANCES. Os autores
entendem o que é essencial e de importância vital a fé cristã e o que é mais periférico. Como
Stephen Neill argumentou há mais de cinquenta anos, e como Peter Gurry afirma neste livro, “o
pior manuscrito grego existente [...] contém o suficiente do evangelho de forma não adulterada
para levar o leitor ao caminho da salvação”. Andrew Blaski mostra que os escritores patrísticos também
reconheciam isso. Origenes, cuja preocupação em recuperar a redação original da Bíblia o levou
a trabalhar com incansável exatidão, tinha uma preocupação ainda mais profunda. Muitos Pais
apostólicos entenderam que o Novo Testamento — que era altamente valorizado, reverenciado e até
mesmo apostolicamente autoritativo — apontava, em última análise, para o que e mais reverenciado,
mais autoritativo e mais central a nossa fé: nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo.